Foi sepultado nesta sexta-feira (10), em Monteiro, no Cariri paraibano, o corpo da cozinheira Suênia Maria Tomé Bezerra, vítima do desabamento do restaurante Jamile, em São Paulo, onde o chef Henrique Fogaça assina o cardápio. Antes do enterro, amigos e familiares acompanharam um cortejo pelas ruas do município até o Cemitério Público Jardim da Paz.
Suênia morava em São Paulo havia cerca de três anos e trabalhava no restaurante Jamile, localizado no bairro da Bela Vista. Segundo familiares, ela deixou Monteiro com o objetivo de garantir o sustento do filho, que cursa medicina na Universidade de São Paulo (USP). Seu irmão, que já trabalhava no mesmo estabelecimento, ajudou em sua contratação.
Na Paraíba, Suênia costumava preparar bolos de aniversário para complementar a renda. Ao saber da aprovação do filho na universidade, decidiu se mudar para São Paulo em busca de melhores condições financeiras. Ela morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória provocada pelos escombros do mezanino que desabou dentro do restaurante na última quarta-feira (8).
O acidente ocorreu pouco antes do horário de almoço, em uma área interna utilizada por funcionários. Seis pessoas ficaram presas sob os destroços, cinco delas resgatadas com vida. Inicialmente, o Corpo de Bombeiros suspeitou de uma explosão de gás, hipótese descartada após as primeiras investigações.
Em nota, o chef Henrique Fogaça lamentou o ocorrido e afirmou que não é proprietário do restaurante, mas manifestou solidariedade às vítimas e seus familiares, destacando que acompanha o caso e apoia a apuração das causas do desabamento em colaboração com as autoridades.
O restaurante pertence aos empresários Alberto Hiar, conhecido como Turco Loco, dono da grife Cavalera, e Anuar Tacach, fundador da agência Out Out Office. As investigações sobre as causas do desabamento seguem em andamento pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.
*com informações da TV Cabo Branco
