Operação investiga esquema de sonegação de ICMS que teria causado prejuízo milionário na PB

Operação investiga esquema de sonegação de ICMS que teria causado prejuízo milionário na PB



				
					Operação investiga esquema de sonegação de ICMS que teria causado prejuízo milionário na PB
Operação investiga esquema de sonegação fiscal que causou prejuízo de R$ 110 milhões na Paraíba. Divulgação/Sefaz-PB

Uma operação foi realizada na manhã desta terça-feira (7) com o objetivo de desarticular um esquema de fraude fiscal, que seria responsável por sonegar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na Paraíba, causando um prejuízo estimado de R$ 110 milhões aos cofres estaduais.

A ação foi realizada pelo Grupo Operacional de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal do Estado da Paraíba (GAESF). Foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão, além da determinação de bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens dos investigados.

O esquema de sonegação envolvia pessoas físicas e jurídicas de João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba, além de cidades como Maringá (PR), Morro do Chapéu (BA) e São Paulo (SP).

De acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), os suspeitos simulavam operações interestaduais para evitar o pagamento de ICMS e obter vantagem competitiva. O grupo utilizava empresas com filiais em vários estados, que serviam para internalizar e comercializar mercadorias na Paraíba sem o recolhimento do imposto.

A fraude ocorria através da simulação de transferência de estoque para o estado, quando, na realidade, as mercadorias eram entregues diretamente aos verdadeiros compradores sem o recolhimento de ICMS e nem a emissão da nota fiscal. Em outro momento, o esquema passou a realizar transferências irregulares de créditos fiscais para dar continuidade com a prática criminosa.

Utilizando empresas em nome de interpostas pessoas, os verdadeiros responsáveis apropriavam-se indevidamente de valores de ICMS (destinados às políticas públicas paraibanas), ocultavam o patrimônio, garantiam o anonimato e dificultavam a fiscalização.

Os suspeitos são investigados podem responder pelos crimes contra a ordem tributária, organização criminosa, falsidade ideológica e crime de lavagem de capitais. a execução da operação, participam 25 auditores fiscais, 6 promotores de Justiça, 70 policiais civis, incluindo 13 delegados de polícia, e 4 procuradores do Estado.

A ação foi batizada de “Operação Baroto” em referência ao poder concentrado e à ampla influência exercida pelo grupo investigado, do qual uma das principais empresas tem no nome a figura de um barão. Segundo os investigadores, assim como os antigos baronatos, caracterizados pela posse de extensos domínios e pela manutenção de privilégios acima da lei, a organização criou uma rede empresarial com filiais em diversos estados para ampliar seu alcance e praticar fraudes fiscais em larga escala.



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